Presentes inesperados

                

             Às vezes recebo presentes inesperados . Carro estacionado, nem uma flor nas árvores próximas e surgem duas flores de ipê .

             Ou, não sei de onde surgem flores, no seu túmulo, quando o visito.

                Vez ou outra, borboletas azuis, às vezes amarelas, acompanham por um bom tempo nas minhas caminhadas. 

              Coincidências, diriam os mais céticos . 

              Gosto de pensar que são presentes do céu.

“ Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido” (Fernando Pessoa)

Meg II

         “Velha amiga eu volto a nossa casa

        Já não te encontro alegre ao pé da porta …”

               Ah que tristeza chegar em casa e não te encontrar logo na porta . Abanando o rabinho alegremente..Era a primeira que chegava, ainda que velhinha.

             Ah que triste não te encontrar na sua caminha ao lado da minha…

             Ainda acordo pisando com cuidado.. muitas vezes não estava na caminha, mas ao lado da cama.

             Daí percebo que não está mais entre nós …

             Imagino que esteja com o João Pedro, confortando assim meu coração .

            Se estivesse por aqui, acho que o João gostaria de uma homenagem à Meg. Sua companheirona de infância.