sábado, 23 de outubro de 2021

Quando uma mãe perde um filho

         


         “ Quando uma mãe perde um filho, todas as mães perdem um pouco também ”, lembrei dessa frase enviada por uma amiga.

           Impactada pela morte de uma menina ( para mim menina ) de 20 anos. Um  acidente de moto, dentro da cidade. Fatalidade. Sobrinha de amigos. Tantos planos pela frente que não serão concretizados. O futuro roubado, o futuro que não vem.

           Ao receber a notícia, pensei na mãe desta moça (minha identificação é feminina). Quanta dor ao perder sua única filha. Em um momento junto e repentinamente, sem a presença física. A notícia do acidente, a esperança da recuperação,  a espera de um milagre.  Parece, mas não é, um pesadelo que não  desaparece ao acordarmos.

           Quantas mães não passaram por isso? Quanta dor. E depois a saudade constante…

          Não a conheço, mas infelizmente sei a dimensão desta dor. E a consequência dela em nossas vidas.

         Como lido em outro texto, “ o fato de sobrevivermos já é um milagre” .  E assim, nós sobreviventes seguimos. E assim, nós milagres de Deus prosseguimos.  Por aqueles que ficaram. Por aquele ou aqueles que se foram, aguardando o dia do reencontro.

sábado, 16 de outubro de 2021

Vídeos

          



            Recebi um vídeo lindo, de um casal dançando alegremente na chuva. Por aqui, tem chovido bastante. Como uma amiga disse, às vezes cai uma folha e lembramos de fatos e pessoas queridas. Ou como diz a música “ e o vento que fala nas folhas, contando as histórias que são de ninguém, mas que são minhas e de você também…”.

           E assim me lembrei do último aniversário que comemoramos juntos por aqui, numa chácara. Estava quente, era fevereiro. Jogaram e brincaram muito na chuva. Não sei o que os pais acharam, mas estavam encharcados e felizes. Nas fotos do parabéns, todos molhados.

             Foi bom,  muito bom. Como o casal de dançarinos dançando felizes na chuva.

           “ São coisas de momento

              São chuva de verão …”

            E ainda, vi a filmagem do aniversário de 15 anos da Carol. Nos 4:40m aparece o rostinho do João Pedro. Filmagem que deve ter sido a última. Último registro dele em movimento. Impossível as lágrimas não escorrerem . Saudade que dói. 

            “ Momentos meus

               Que foram seus

               Agora é recordar…”

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Criança

       


         O dia das crianças ainda mexe comigo. Talvez porque a Amanda cresceu e o João Pedro partiu criança (começando a adolescer), portanto permaneceu para sempre na infância.

         As lembranças todas são deste período. Não saberei como seria o João Pedro adolescente ou adulto.

        Os sobrinhos cresceram : ou adolescentes ou adultos, na sua maioria. Os afilhados também.  Brinquedos, agora são poucos.

         Tudo passa, tudo muda . Mudaria de qualquer forma. Mas ainda machuca pensar que ele ficou na infância. O futuro que não chegou, nem chegará . Abruptamente mudado.

           Assim diz a música que muito cantamos juntos:

“  E o futuro é uma astronave

   Que tentamos pilotar

   Não tem tempo, nem piedade

   Nem tem hora de chegar 

   Sem pedir licença, muda nossa vida

   E depois convida a rir ou chorar… “

            Nesse caso, chorar.