terça-feira, 31 de dezembro de 2019

2020 chegando

           Quase ano novo. Faltam dois dias para 2020. Porém, você ficou em 2015. Essas comemorações de fim de ano são difíceis. Sua ausência fica mais evidente.
            Estamos na praia, no mesmo lugar que estivemos 3 anos atrás no Natal, mas você já não estava aqui. Naquele ano éramos oito. Esse ano sete.
             Este foi o primeiro ano que passamos o Natal em Londrina, desde que você partiu. Doeu não ter você comigo. Machucou passar na mesma chácara, em que compartilhamos tantos momentos familiares alegres. Churrasco, piscina, jogo de bola, brincadeira, amigo secreto, como diz aquela música  “ tudo é igual, mas estou triste porque não tenho você perto de mim”. Foi bem assim.
              Fico pensando em amigas, cujo este , foi o primeiro final de ano, após a partida dos entes queridos. Este primeiro ano é o mais difícil. O primeiro Natal, primeiro ano novo, primeiro dia da mães, primeiro dia dos pais, primeiro aniversário, com a ausência do ser amado.  Não que os anos que se seguem sejam fáceis, essas datas comemorativas sempre remetem às lembranças. De um tempo que infelizmente não volta mais. Que gostaríamos de poder ter “ congelado “, mas foi impossível.
              Resta o consolo que tivemos momentos muito bem vividos. Alegrias compartilhadas. Vivências felizes que estarão para sempre em nossas memórias. Recordações eternizadas.
              Cada dia deveria ser bem vivido. Estar em família, apesar de tudo, ainda é muito bom.  Ser e estar presente na vida dos nossos queridos. Ter momentos  alegres compartilhados. O amanhã ? só a Deus pertence. Um dia de cada vez.
               E que venha 2020...

domingo, 22 de dezembro de 2019

Resgate

Fim de ano , próximo ao Natal a saudade aperta mais ainda. Saudades de tempos passados que não voltam mais. Sempre estará faltando você, meu filho .❤️

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Texto de formatura

          Resolvi escrever porque não sei se a emoção me permitiria expressar livremente.
          Hoje um encerramento de um ciclo que começou aproximadamente doze anos atrás para muitos de vocês, precocemente encerrada para nós .
           Dia de muitas recordações e saudades. De tantas lembranças boas, recordações de vocês tão pequeninos. Das brincadeiras, das viagens, do futebol, dos clubes, dos parques, das conversas no portão, do cotidiano da escola. Das festividades: festa junina, feira de ciências, dos bolinhos, biscoitinhos e chá dos dias dos pais e das mães e dos melhores presentes do mundo, aqueles  feitos por vocês.
          No entanto, tudo isso evidencia a falta do João Pedro. Não digo ausência, pois especialmente aqui  e agora a presença dele é sentida.
          Dizem que saudade é o amor que fica.
          Obrigada aos amigos,  companheiros de todas as horas: Isabel e Lucas - trio inseparável da pré-escola, João Filipe - o primeiro amigo, Henrique, Mateus e Romulo- quarteto inseparável da casa do Henrique, Iago- cúmplice da bola entre outras coisas, Pedro- de muitos Haloweens, Gi- sempre doce, Be- admirada, Davi- o descolado, Maria,  Caio, Diego, Leonardo, Patrick e tantos outros.
           Obrigada aos professores ( por tantos ensinamentos), obrigada aos funcionários ( por todo acompanhamento), obrigada aos pais dos amigos ( por todo acolhimento). Obrigada IEIJ por terem sido parceiros na formação de nossos filhos, por terem feito parte de nossas vidas tão intensamente.
           Parabéns aos formandos! Vocês vão sentir falta disso tudo ( até das cults).
           Que vocês levem o aqui aprenderam, muito mais do que o português e a matemática, para a vida de vocês.
            Como disse Martha Medeiros, “ A vida é um presente, e desfrutá-la com leveza, inteligência e tolerância é melhor forma de agradecer - aliás é a única “.



Escrito em 15/12/2017 e lido na formatura do Nono ano da Escola IEIJ.



PS:  Meu filho estudou numa única escola desde os 3 anos de idade. A formatura do nono ano seria um encerramento de um ciclo. Com toda delicadeza, fomos convidados a participar. Incluindo o nome do João Pedro no convite, nas lembranças da formatura e prestando uma linda homenagem.
Eu me senti na obrigação de falar algo. Sabia que estaria muito emocionada, então escrevi e li. Ainda não sei como consegui...

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Maria do Céu

“      Maria do Céu . Mas tão presa às dores da terra. Teu filho desce ao chão, tua dor dilacera o ventre, parto às avessas, movimento contrário que faz a vida estabelecer e manter o caos.
         Eu vejo muitas dores todo dia. Mas nenhuma estilhaça a alma quanto a tua.
         Maria do Céu , ó Maria do Céu como eu gostaria de aliviar o que te pesa, secar o choro que te cansa, fazer partir o desespero que te assola.
          Quando uma mãe precisa sepultar o seu filho, Maria do Céu , tudo o que sabemos da vida passa não fazer mais sentido.”( editado de uma publicação do padre Fábio de Mello)

          Recebi esse texto da minha sobrinha com a seguinte mensagem: Li esse texto e lembrei de você.
           Acho que as dores das mães que perdem o filhos se assemelham. Só depois de algum tempo que descobri que a Maria do Céu citada no texto, era a mãe do apresentador Gugu Liberato, que aos 90 anos enterrou o seu filho.
           Minha avó partiu aos 94 anos, lúcida. Perdeu um filho no ano anterior. E deprimiu. E os problemas circulatórios se agravaram. Se assim não tivesse sido, creio que passaria dos 100 anos. E como contar para uma senhora de mais de 90 anos que o filho partiu antes dela? Os outros cinco filhos reunidos assim o fizeram.
            É muita dor para uma mãe, junto com a fragilidade que os anos trazem...
            E como diz o texto “tudo o que sabemos da vida passa não fazer mais sentido”.