domingo, 16 de junho de 2024

A marca indelével

                   Sempre tive uma certa tendência à melancolia . Gosto de músicas de “ rasgação de pulsos” , dramáticas mesmo. Apaixonei pelas poesias e músicas do Vinicius de Moraes,  na adolescência. Embora converse muito, aprecio muito os momentos de “ meus livros, meus discos e nada mais “. 

                    No entanto,  nada disso se refere a marca indelével que deixou em mim. Ou melhor, que a sua partida deixou em mim. E que hoje, eu reconheço nas mães cujos filhos partiram.    

                  Podemos sorrir , prosseguir a vida , mas a marca está lá. Podemos ter momentos alegres, amamos os outros filhos,  outras pessoas , mas a marca está lá . 

                  Podemos rezar, consolar o próximo, ajudá-lo, mas a marca continua lá . 

                Temos a consciência da existência dela. Do quanto ela se incorporou em nós.  E temos saudades de quando ela não existia . 

                 A marca que não se consegue apagar , extinguir, destruir. A marca  que  o tempo não corrói, permanente.

                  A marca que faz  uma mãe que perdeu um filho dizer para outra que também  perdeu: “ você sabe como é”.  Sim, só nós sabemos . 

2 comentários:

  1. Sei como é difícil a saudade que sentimos e nunca esquecemos dele, te amamos demais 🥰🥰🥰

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  2. Saudade é a palavra doce para traduzir essa marca, que é única.

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