Eu não vi a estrela de Belém ( prefiro chamar assim do que conjunção de planetas ) no dia do aniversário da sua irmã . Estava muito nublado por aqui.
Eu não vi a sua cura e nem o meu milagre acontecer.
A minha quarentena vivi antes: do hospital para casa, da casa para o hospital.
Não imaginava ir ao cemitério na véspera do Natal, nem do Ano Novo.
No entanto, ainda tenho esperanças.
Esperança de um ano novo melhor. Esperança do fim da pandemia e tantas mortes anunciadas. Esperança que a dor se vá e fique apenas as boas lembranças ( embora saiba que nunca será somente assim). Esperança que fique apenas a gratidão do convívio e a saudade do amor que fica. Esperança do nosso reencontro.
Se a vida mudou completamente com a sua partida, maior seria o infortúnio se perdesse a esperança e a fé.
Não creio que o tempo seja medido por anos aonde está. Porém, aqui sim. Então que venha 2021. Com saudades sempre, mas prosseguindo com esperança , fé e o amor que me acompanha, para todo e sempre.