Alguns dias atrás foi celebrado o dia de ação de graças. Comemoração importante para os americanos, em agradecimento à colheita.
Quando me deparo com tantos casos de depressão, de suicídio, de síndrome de pânico agravados pela pandemia, penso que devo agradecer pelo meu processo de luto.
Passei por ele, sim com muito sofrimento, mas lúcida . Não precisei de medicação, embora reconheça que muitas vezes ela é necessária.
Meus pilares foram a família, os amigos, a terapia e a fé.
Ter por quem prosseguir, acreditar num propósito ( mesmo sem sabermos ao certo) , crer num reencontro e que a vida não termina por aqui ( estamos apenas de passagem).
Ajudar quem precisa, tirando o foco do próprio sofrimento, também é uma forma de auto ajuda.
Compreender que a ausência de quem partiu não desaparece e que o essencial é aprender a conviver com ela . Ressignificar a própria existência.
Dias de tristeza virão. E de saudade mais intensa também. Respeitar essa dor é fundamental. Auto conhecimento e auto cuidado são necessários . Seguimos vivendo um dia de cada vez .
No entanto, agradeço o tempo de convivência terrena ( hoje estou nos dias bons) e a Deus por ter me sustentado.
Pois como li, “para as mães que perderam um filho, sobreviver já é um milagre”.
Denise , faço minhas as suas palavras. Comigo foi exatamente assim .
ResponderExcluirAh Marcela… um abraço
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